Sinopse: Tudo vai muito bem em Amorinha, pequena e próspera cidade que cresceu e apareceu em volta do túmulo de um ladrão – o primeiro que apareceu na localidade, e que foi morto para servir de exemplo e ser, além do primeiro, o último ladrão. Porém, inesperadamente, seis respeitáveis concidadãos amorinenses desaparecem sem deixar vestígios. Um por dia, durante uma semana. No sétimo dia os sumiços cessam. E Amorinha mergulha em um período de expiações e rebuliços, que a coloca frente a frente com uma verdade que sempre insistiu em não ver. Uma verdade que termina exatamente onde começou: n’O Túmulo do Ladrão.
Já falei por aqui que amo estórias com cidadezinhas pequenas e estereotipadas? Pois sim!
É na perfeita Amorinha que se passa a estória desse livro. Uma cidade onde não acontecem atos de violências, onde todos os moradores são cidadãos respeitáveis e honestos cheios de compaixão e amor ao próximo, praticando a caridade e... Espera! Tem alguma coisa errada por ai!? Não, tem muitas!
Como é de se imaginar, Amorinha guarda segredos que não a deixa tão perfeita assim. Esses segredos vem a tona (ou começam a vir) quando 6 de seus ilustríssimos cidadãos desaparecem como fumaça: o padre do local, um pai exemplar, uma honrosa viúva, um dono de uma empresa de sucesso, uma professora e um psicólogo.
A cidade vira de pernas pro ar quando a notícia dos sequestros se espalham e a cidadezinha que até então era somente perfeita, virou de uma hora para outra foco das câmeras, lentes e bloquinhos de anotações de jornalistas do Brasil todo. Os moradores ficaram incomodados com a invasão, era como andar nu pelas ruas da cidade que até tempos atrás era uma beleza de se morar.
Quem narra para nós é Alfredo Manso, um recém chegado a cidade que estranha o estereótipo de perfeição da cidade onde todos se conhecem e ninguém tem nenhum podre.
Outro personagem importante é o delegado da cidade que por conta da calmaria absoluta e da falta de violência no local, nunca precisou mover um dedo para fazer justiça, apenas ganhando dinheiro pelo posto que ocupava. Mas a hora de descontar todos os anos de sossego do delegado havia chegado: a cidade estava um caos e tudo caía nas costas de quem? do delegado.
Mas calma, Amorinha não se tornou pacífica do dia para a noite... alguns anos atrás ocorreu o primeiro e único roubo do local: o roubo de um pão, que quando descoberto o ladrão, foi morto brutalmente na frente de todos e enterrado bem no meio da cidade - em uma pracinha - num túmulo onde na lápide estava escrito: ''O Túmulo do Ladrão''.
Junto com Alfredo acompanhamos o reboliço que os sequestros causaram e os podres da cidade perfeita vem a tona como um morto saindo de sua tumba: sujo, fedorento e cheio de histórias para contar. Apesar de ser ficção e conter um certo exagero na descrição de algumas coisas, é comum que existam várias Amorinhas Brasil afora (ou adentro?). Resta somente tomar cuidado para os segredos não afogarem os moradores.
Amo a escrita da Jana, ela tem todo um enredo marcado por críticas sociais, ironias e valores. Já li ''Uma carta por Benjamin'' da autora e lerei qualquer coisa que dela vier! Livro(S) mais que recomendados! 5 estrelas para um túmulo de uma cidade perfeita.
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Allison, obrigada pelo carinho!
ResponderExcluirFico muito feliz em saber que gostou do livro!
Eu amei a resenha!
Mil beijos, e até a próxima! ;)