1) Quais as dificuldades de escrever um livro para o público jovem?
Existem algumas características notórias a essa faixa etária, como por exemplo, a formação de caráter e a transição da fase adolescente para adulta. O escritor que trabalha em um livro para esse público sabe disso, e não deveria ignorar o fato; incrementar no enredo situações que estejam entrelaçadas a essa fase juvenil fará com que o leitor absorva da história algo para sua própria vida, tornando-o mais crítico, o que é uma tarefa árdua e que requer muita experiência e dedicação do escritor. É preciso lembrar também quem é o público alvo quando se escreve um livro, para não terminar trabalhando em uma história hipoteticamente infantil com sequências de violência, distorções de valores morais etc. Sempre ter em mente quem estará do outro lado lendo sua obra, colocar-se na posição de leitor, é essencial.
2) Sua família sempre te apoiou/te apoia com sua escolha profissional?
Em praticamente todos os momentos. No início, pairava no ar aquela incerteza, a pergunta que ninguém fazia: “Será que isso vai dar certo mesmo?”. Só com trabalho duro e muito esforço, alcançando objetivos em cima de metas, é que podemos provar a todos que os sonhos antes utópicos estão se tornando realidades presentes. Hoje, após já ter publicado um livro, não soa tão estranho dizer a alguém da minha família, como na primeira em que fiz isso, que “estou escrevendo um grande livro!”.
3) O que é mais difícil hoje, no Brasil, para a profissão de escritor?
O primeiro passo. O mais difícil, como de praxe, é poder ser inserido no ramo profissional desejado. Esse ponto de partida é o limiar entre dois extremos: dar certo ou não naquilo que se deseja. Tudo na primeira vez é novidade: “Como eu posso escrever um livro?”, “Quantas horas eu dedico a isso?”, “Isso é mesmo realizável para mim?”, “O que eu faço agora que o livro está pronto? Quem eu procuro?”, “Como a minha história poderá ser publicada?”, “Como garanto os meus direitos autorais?”. Enfim, após essa etapa fundamental, muitas verdades estarão esclarecidas e o caminho a se seguir para o sucesso estará encurtado, visto que você já não está mais no começo dele!
4) Pretende continuar publicando, tem outras metas que deseja alcançar?
Pretendo publicar muitos livros ainda. O meu segundo e próximo livro, O Resgate das Profecias 2 - A Chave para a Paz, já está pronto e praticamente certo de publicação no país ao final deste ano. Além de seguir a carreira de escritor, tenho várias outras grandes metas, e uma das mais promissoras, sem dúvidas, é a formação acadêmica em Engenharia, faculdade que já estou cursando na UFRJ.
5) Qual seu gênero preferido para ler?
Sou suspeito em responder isso (risos). Mas o meu gênero preferido é o de aventura e ficção, com uma pitada de romantismo e doses encarecidas de humor!
6) Quais foram suas inspirações literárias para começar a escrever?
Tudo. Para um escritor, qualquer situação, pessoa, frase, pensamento torna-se inspiração imediata. Por consequência, minha família, meus amigos, os lugares onde estudei, as pessoas que eu tive o prazer de conhecer, as opiniões alheias, cada momento de percepção sensorial a que fui exposto me inspira. Mas para começar a escrever, especificamente? Acho que a ideia simplesmente me veio em uma tarde qualquer, anos atrás, e parecia tão empolgante...
7) Quais autores atuais mais admira?
Autores atuais, eu conheço poucos (risos). Se me lembro bem, nos últimos dois anos, devo ter lido no máximo cinco ou seis livros. Estou um pouco excluído no quesito leitura, pois a cada livro que penso em ler, reflito, e chego a conclusão que vou escrever eu mesmo. Mais importante que nomes, admiro autores capazes de cativar o leitor com seus personagens e situações, fazendo-os crescer como seres humanos e evoluir intelectualmente.
8) Qual livro já lançado, você gostaria de ter sido autor(a)?
Sem dúvidas... de nenhum livro. Admiro e respeito as obras dos demais autores, mas assumo apenas as minhas próprias responsabilidades, unicamente sobre o que eu escrevo, falo, faço, penso etc.
9) Participa de algum projeto de incentivo a leitura? Alguma ideia que poderia mudar a situação dos brasileiros, onde poucos leem?
Infelizmente, ainda não participo. Mas tenho a intenção e a pretensão de estar envolvido com projetos do tipo no futuro. Uma ideia legal seria um conjunto de bibliotecas de bairro, abertas a doações, anexas a cada uma das escolas, valorizando todos os gêneros de leitura. Eu mesmo já fiz doações de meu livro para biblioteca de escola pública para incentivo à leitura.
10) Qual mensagem você passa ou gostaria de passar através das suas obras?Tento transmitir, por meio de minhas obras, visões de mundo, concepções sobre amizade, família, sentimentos, quase sempre aliados (inevitavelmente?) aos meus próprios conceitos sobre as temáticas. Eu me esforço bastante para também auxiliar a formação de caráter, incentivar os valores morais, o respeito, a educação, o senso crítico e, acima de tudo, despertar a humanidade das pessoas.
Rabiscos e Fragmentos agradece muito ao Jeronimo, que além de parceiro do blog, se tornou um grande amigo! Sucesso é o mínimo que você merece, bom trabalho!
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