Não acredito que exista uma dificuldade específica. Alguns autores consideram difícil obter o reconhecimento, outros acham que a dificuldade está no senso crítico por parte da juventude, na tendência do modismo ou mesmo no descaso com o interesse pela literatura. Quando você escreve um livro para torná-lo acessível para o mundo, você não sabe quem irá lê-lo. E a maior dificuldade disso talvez seja conseguir passar uma mensagem útil e capaz de emocionar para qualquer pessoa, independentemente da religião, etnia ou país. É uma meta difícil, não acha?
2) Sua família sempre te apoiou/te apoia com sua escolha profissional?
Na hora de prestar o vestibular, quando você vai escolher um curso, não existe a opção: escritor. Também não é o tipo de escolha comum entre os estudantes do ensino médio. Em geral as pessoas tornam-se escritoras depois de já terem sido médicas, jornalistas, professoras, viajantes… Enfim, não foi isso que aconteceu comigo. Com 13 anos, eu já escrevia e amava escrever. Então quando eu decidi que seria escritora, não foi bem o tipo de coisa que minha família esperava ouvir ou acreditava que eu daria prosseguimento. No meu aniversário de dezoito anos, minha mãe me disse que quando alguém tem um sonho, este sonho é apenas da pessoa. Você não deve esperar que outras pessoas sonhem por você ou com você. Se você tem um sonho, o sonho é seu e você deve lutar por ele o tanto que puder. Foi o que eu fiz. Independentemente das dificuldades, dos apoios ou não, eu lutei pelo o que eu queria. Acho que isso é o que importa.
3) O que é mais difícil hoje, no Brasil, para a profissão de escritor?
O Brasil está entre os países que mais lê notícia na internet. O ibop de alguns programas de televisão superam a de inúmeros países. Ou seja, muitas vezes qualquer coisa é mais apreciada do que um livro por um brasileiro. Seja um esporte, a internet, a televisão, uma comida, um passeio, uma diversão; o livro não está na lista das coisas que um brasileiro mais gosta. Talvez o livro esteja na lista das últimas coisas. Portanto, a maior dificuldade não é da minha profissão, é da minha profissão no lugar onde me encontro. Alguém pode escrever uma obra excelente, que diferença fará se as pessoas não gostarem de ler?
4) Pretende continuar publicando, tem outras metas que deseja alcançar?
Sempre quero escrever, pois sou completamente apaixonada pelo que faço. Quanto a outras metas, tudo que eu puder me empenhar relacionado à palavras e oportunidades de transformar a realidade da humanidade, eu tentarei fazer.
5) Qual seu gênero preferido para ler?
Acho que não tenho um estilo literário favorito porque leio um pouco de tudo e de modo bem diversificado. Apesar disso posso admitir que gosto muito de autoajuda e romance policial.
6) Quais foram suas inspirações literárias para começar a escrever?
Como leio um pouco de tudo, não existe uma inspiração literária padrão. Mas lembro que o primeiro livro adulto lido por mim foi o “Estrangulador”, de Sidney Sheldon. Eu devia ter uns sete anos e jamais vou esquecer a sensação de ter lido esse livro. Foi uma inspiração para a vida inteira.
7) Quais autores atuais mais admira?
Não existe um autor específico que eu realmente admire em potencial até porque não conheço a fundo a história de nenhum deles. Mas posso citar alguns que fizeram a diferença em minha vida como o Deepak Chopra, o Eckhart Tolle, a J.k Rowlling e o Sidney Sheldon.
8) Qual livro já lançado, você gostaria de ter sido autor(a)?
Amaria ter escrito Harry Potter. A autora bateu o recorde de vendas e reconhecimento mundial. Eu gostaria e espero ainda chegar onde ela chegou.
9) Participa de algum projeto de incentivo a leitura? Alguma ideia que poderia mudar a situação dos brasileiros, onde poucos leem?
Eu coordeno o ILEG, um projeto de incentivo à leitura no Estado de Goiás Acho que esse é um exemplo da possibilidade de mudar a situação crítica que existe no Brasil em termos de leitura. Lidero exposições de livros em vários pontos da cidade de Goiânia, no qual os livros podem ser comprados, trocados, doados… Os livros estão em preços mais acessíveis e as exposições são oferecidas ao ar livre e são completamente abertas ao público. É uma maneira de influenciar as pessoas a lerem e tem funcionado.
10) Qual mensagem você passa ou gostaria de passar através das suas obras?
Todo livro que escrevo tem uma mensagem por trás dos personagens e enredo. As vezes tem a ver com fé, força, amor, perdão… Não é algo específico também, porém valores e reflexão são o que tento promover em qualquer uma das obras.
Agradeço a Lorene que foi muito gentil ao ceder essa entrevista, e mal posso esperar para continuar lendo suas obras! Os leitores do Rabiscos e Fragmentos ainda vão ouvir falar muito de Lorene Patigra!
Allison Feitosa, eu que agradeço a participação e simpatia. Fica meu abraço para todos!!!
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