Resenha: The Umbrella Academy - Gerard Way e Gabriel Bá

Não há sinopse única já que é uma série de HQs. Coloco então, a capa da minha preferida.

Comecei a acompanhar essa série de HQs a partir do primeiro lançado no Brasil e devo admitir que é sensacional. O líder e vocalista do My Chemical Romance, Gerard Way, aliado com Gabriel Bá, criaram uma história de super-heróis, macacos e viagens no tempo que chega quase a se equiparar (é sério, galera, leiam antes de xingar ou qualquer coisa do tipo) à equipe de Professor Xavier, os X-Men.

A boa progressão da história impressiona por ser a primeira obra do autor, e os cortes são feitos em momentos propícios para deixas o leitor preso à história, sem conseguir sair por mais que tente. Não sei quantas vezes disse a mim mesmo "vou ler apenas mais 10 páginas", e li o livro até o fim.

Sete jovens com poderes especiais são levados desde o nascimento para junto do alienígena disfarçado de Reginald Hargreeves com o objetivo de salvarem o mundo. Cada um deles ganhou um número, de um ao sete. Após passar o tempo da infância, cada um seguiu seu rumo na vida como era de se esperar, e se encontram novamente quando a morte de Hargreeves coincide com diversos ataques de perigo iminente para o planeta. Eles formam a Umbrella Academy, que usam ruinas como pronto de encontro.

As crianças, agora jovens adultos formados, unem-se novamente para lutar contra aquilo que vem assolando sua casa, e aos poucos, o motivo deles terem sido treinados, de suas habilidades especiais, das experiencias que alguns sofreram e das consequências disso vão sendo explicados. A história se passa eletrizantemente, com cortes de cena para a visão de cada personagem.

Há, é claro, cenas cômicas nas HQs, cenas e histórias de romance, de problemas pessoais com cada um dos membros da Umbrella Academy, porém, as cenas de ação são o ponto auto da trama, principalmente as lideradas pelo Número Cinco, treinado e manipulado desde cedo para ser o maior assassino do mundo, o assassino perfeito, com a união de todos os maiores que já existiram. Seu poder é ir e voltar no tempo, lhe dando muita vantagem em sua luta, apesar de que num certo momento, acaba ocorrendo um erro nas suas viagens no tempo, e ele transforma-se novamente na criança que era junto a Reginal Hargreeves. Pessoalmente, o número 5 é meu personagem preferido.

Há muito sangue e palavras de baixo calão no livro, mas esse fato dá o ar de marginalidade que acompanha toda a série e que a torna mais interessante. Todos os lados possíveis de uma mesma moeda se encontram lá, riqueza e pobreza, poder e fraqueza, vida e morte, passado e futuro.

Por fim, reforço que vale a pena ler para aqueles que gostam de ação e uma história muito bem intricada, personagens criativos e um tanto quanto bem feitos, mais uma vez, os comparo com os X-Men. E a história desses heróis modernos com certeza vale tanto a pena ser lida quanto a dos clássicos.

Agora é esperar a chegada deles no cinema!

Nota: 5,0/5,0