Sinopse: Bnus e Qeb cresceram no mesmo vilarejo, brincando entre pedras e ruínas e, quando jovens, prometeram ficar juntos sempre. Suas vidas estavam entrelaçadas pelo sentimento mais puro do ser humano: o amor. No entanto, seus sonhos foram ceifados por divindades que os colocaram em caminhos opostos. Os olhos de Bnus, que antes brilhavam de felicidade, se tornam obscurecidos pelo Mal. Qeb, por sua vez, passa a lutar para manter e propagar o Bem pelos vilarejos. Mas embora tenham que se enfrentar por um propósito divino, o amor que os unia prevalece… Litat é o descendente desta história, e nasce com dons herdados desde o tempo de seus avós. Ele terá o livre arbítrio de usá-los, porém, sua omissão poderá acarretar danos ao seu povo.
Um livro que mostra que o amor ao próximo não está extinto.
É surpreendente alguém falar sobre o amor nos dias de hoje sem parecer clichê ou cansativo. Claudemir intercala isso com aventuras e decepções, o que é mais surpreendente ainda.
Comecei a leitura achando que seria um livro onde as aventuras predominavam (devido a capa) ou um amor impossível (devido a sinopse). Podemos dizer que é um pouco de cada, mas o romance romântico com certeza predomina.
Primeiramente, conhecemos Bnus e Qeb: um casal já tinha um futuro traçado. Sonhavam em construir uma família, uma casa... esses sonhos foram tirados por entidades superiores que viram na bondade e no amor de Qeb, uma chance de salvar a humanidade do mal.
''De séculos em séculos os deuses da chamada harmonia natural da terra, o Deus do Bem e o Deus do Mal, escolhiam seus representantes perpetuando dessa forma o eterno duelo entre o bem e o mal'' Pág. 16.
Desnorteado após esse incidente ter separado o que um dia Bnus achava que seria um grande amor, ele sai em busca de um escape para sua vida que não mais tem sentido.
Após vários acontecimentos que se eu contasse perderia toda a graça na leitura, Bnus encontra uma solução para conseguir ser imortal como Qeb e viver com ela para sempre... mas sua escolha é se tornar do mal e servir ao Deus do Mal, se tornando assim, inimigo natural de Qeb que serve ao Deus do Bem.
A primeira metade do livro nos mostra a estória desse casal, mas isso é apenas a introdução da vida de Litat que é descente de Bnus e Qeb. Confesso que demorei bastante para ler a primeira parte, mas a partir da metade do livro, Claudemir consegue encontrar um novo ambiente para a trama e é aí que o dono do Diário: Litat é nos apresentado, e a leitura flui bem mais rápido. Falando em rapidez, o livro é dividido em capítulos pequenos, o que não minha concepção de leitura, flui bem mais rápido.
''O desejo de seus corpos só era limitado pela esperança de em breve estarem juntos para sempre, e assim, se abraçavam, se beijavam, sentindo uma mescla de liberdade e prisão, como um pássaro sem asas, com seus pés ao chão e seus pensamentos aos céus''. Pág. 22
A narrativa é bastante poética e você tira passagens lindas no decorrer do livro. Recomendo para os que gostam de romances românticos, mas creio que quem curte aventura ou algo mais juvenil irá gostar igualmente. 3 estrelas.
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